terça-feira, 9 de agosto de 2016

O Diário de Anne Frank

Olá queridos e queridas.

Na resenha de hoje, trago para vocês um livro, ou melhor, um diário, onde podemos conhecer a história verídica de uma menina judia que teve a vida totalmente virada de cabeça para baixo.

Então lhe pergunto, pronto para conhecer uma história incrível? Sim? Então vamos nessa.



Ficha Técnica:
Data da primeira publicação: 25 de junho de 1947
Autora: Anne Frank
Gênero: Autobiografia
Sinopse: O depoimento da pequena Anne Frank, morta pelos nazistas após passar anos escondida no sótão de uma casa em Amsterdã, ainda hoje emociona leitores no mundo inteiro. Seu diário narra os sentimentos, os medos e as pequenas alegrias de uma menina judia que, como sua família, lutou em vão para sobreviver ao Holocausto. Lançado em 1947, O diário de Anne Frank tornou-se um dos livros mais lidos do mundo. O relato tocante e impressionante das atrocidades e dos horrores cometidos contra os judeus faz deste livro um precioso documento e uma das obras mais importantes do século XX. (sinopse tirada do livro que tive o privilégio de ganhar, achei mais original).



Anne Frank.

Annelies Marie Frank, mais conhecida como Anne Frank, ganha no dia do seu aniversário um caderno, onde ela transforma em um diário, nele ela passa a contar um pouco da vida antes de ser “aprisionada” em um anexo  onde o pai tinha um escritório. Através de suas palavras, podemos notar uma garota cheia de energia, amizades, paqueras e inteligência, mas mostra um lado que apenas no diário é possível descobrir.

Alias nada muito diferente de muitas meninas daquela época, exceto pelo fato que ela era judia, e isso a limitava em algumas atividades, pois o momento não era dos mais propicio para ser um judeu. Os judeus eram hostilizados e perseguidos pelos nazistas. Apesar de tudo isso, ela e a família tentavam manter uma vida o mais normal possível. É também nesse momento, que “um membro do governo em exílio anuncia que deseja relatos oculares de testemunhas do sofrimento do povo holandês sob a ocupação alemã, ele se referia a diários e cartas” (trecho do prefácio do livro), isso foi tão significativo que foi um incentivo a mais para Anne começar a fazer os relatos, e deixar o diário mais organizado, sempre fazendo anotações importantes e de forma clara.

Outro fato que faz com que esse diário seja tão importante para entendemos uma parcela do que aconteceu naquela época, é quando a irmã de Anne recebe uma convocação para trabalho forçado, então as visões dos campos de concentrações (locais onde os judeus eram obrigados a trabalhar) e prisões nas piores condições inimagináveis, ou seja, era definitivamente o momento de fugirem, afinal as leis contra os judeus estava tão intensas, que eles não encontraram alternativa.

Allana: os relatos verídicos de Anne, nos deixa muitas vezes sem ar, pois na sua simplicidade de escrever, ela conseguia passar exatamente como se sentia, afinal como não se emocionar com uma menina que estava passando pela adolescência, e toda a carga emocional que essa fase nos faz passar? Em um momento de descobertas, com os sentimentos a flor da pele, as mudanças no corpo, às paixões e mesmo tentando intender seu relacionamento com sua família, ainda mais em um momento que em minha opinião foi um dos mais dolorosos da história da humanidade. Eu muitas vezes me peguei pensando, além das coisas que ela escreveu o que mais ela sentia? Quais outras coisas ela poderia ter colocado no papel? Infelizmente, é algo que nunca saberemos. Mas devo dizer que essa menina é um exemplo de ser humano.

Otto Frank: O Melhor pai que uma menina poderia pedir.

Otto e Anne tinham muita admiração um pelo o outro, podemos sentir nitidamente o carinho no relacionamento deles. Otto era o típico pai que faria tudo o que estivesse ao seu alcance para proteger sua amada família. Além de ter tido a ideia de ter preparado o esconderijo algum tempo antes de terem que fugir.

Allana: Acredito que em tempos de grande crise, perigo ou mesmo difíceis, o ser o humano tenta de todas as formas protegerem aqueles que amam, e Otto não foi diferente. Ele usou o que tinha nas mãos para proteger sua família, e as atitudes dele são de fato admiráveis e emocionantes.

Anexo Secreto: 8 vidas em 2 anos.

O anexo secreto foi o lugar que o pai de Anne conseguiu para que eles pudessem se esconder, além da família dela, composta pelos pais Otto e Edith, Anne e a irmã Margot, outras 4 pessoas  juntaram se a eles naquele apertado cômodo.
É nesse lugar que eles passam quase três anos, sem poder sair ou fazer barulhos durante o dia. Apesar de ser muito apertado e as atividades para passar o tempo limitado, eles tentavam levar uma vida confortável na medida em que aquele espaço permitia.
Anne conta como eram os dias, alguns eram engraçados, outros nem tanto, e conforme o tempo passava a convivência ia se tornando insuportável, até as histórias, as piadas eram contadas tantas vezes que perdiam a graça e as brigas tornaram-se frequentes.


Numa época onde era muito ariscado para os judeus, ajudar um deles era ainda mais perigoso, mas ainda assim foi com ajuda dos funcionários do escritório de Otto que eles tiveram um pouco de alegria e contato com o mundo fora do esconderijo, eram eles que providenciavam itens básicos, livros e noticias.

Extra: eles ficaram no esconderijo de 05 de julho de 1942 a 04 de agosto de 1944, onde foram descobertos e presos, sendo levados para os tão temíveis campos de concentrações.

Anexo

Os Pais, Anne e a irmã Margot

O Diário original

Allana: O que falar depois desse paragrafo??? Não consigo me imaginar viver em constante medo, angustia e aflição, eles tiveram uma pequena sorte de ter alguém para confiar, mas e os amigos ou mesmo familiares deles que não tiveram nem a mínima chance? O final pode não ter sido o de contos de fadas, mas eles fizeram o que era necessário para a sobrevivência.

Considerações finais:

Destaquei apenas 3 itens, pois a historia tem muitas situações, como vocês viram, ou melhor, leram o post foi um pouco grande.
No entanto, quero que vocês saibam que o diário dessa jovem, nos leva para um momento da humanidade, onde as ideologias doentes de um homem fizeram tanto mal para um povo, onde percebemos o quanto palavras tem o poder de levar uma nação contra a outra. Foram tantas vidas afetadas, tantas cidades, famílias que passaram pelos momentos mais dolorosos que um humano pode suportar.

Se você não leu “ O Diário de Anne Frank”, sugiro que o faça o mais breve possível, pois são relatos honestos e emocionantes.

Para esse livro dou 5 cerejas , sem pensar duas vezes.



Por Allana.


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