Olá queridos e queridas.
Na resenha de hoje, trago para vocês um livro, ou melhor, um diário, onde podemos conhecer a história verídica de uma menina judia que teve a vida totalmente virada de cabeça para baixo.
Então lhe pergunto, pronto
para conhecer uma história incrível? Sim? Então vamos nessa.
Data da primeira publicação: 25 de
junho de 1947
Autora: Anne
Frank
Gênero: Autobiografia
Sinopse: O depoimento da pequena Anne
Frank, morta pelos nazistas após passar anos escondida no sótão de uma casa em
Amsterdã, ainda hoje emociona leitores no mundo inteiro. Seu diário narra os
sentimentos, os medos e as pequenas alegrias de uma menina judia que, como sua
família, lutou em vão para sobreviver ao Holocausto. Lançado em 1947, O diário
de Anne Frank tornou-se um dos livros mais lidos do mundo. O relato tocante e
impressionante das atrocidades e dos horrores cometidos contra os judeus faz
deste livro um precioso documento e uma das obras mais importantes do século
XX. (sinopse tirada do livro que tive o
privilégio de ganhar, achei mais original).
Anne Frank.
Annelies
Marie Frank, mais conhecida como Anne Frank, ganha no dia do seu aniversário um
caderno, onde ela transforma em um diário, nele ela passa a contar um pouco da
vida antes de ser “aprisionada” em um anexo onde o pai tinha um
escritório. Através de suas palavras, podemos notar uma garota cheia de
energia, amizades, paqueras e inteligência, mas mostra um lado que apenas no
diário é possível descobrir.
Alias
nada muito diferente de muitas meninas daquela época, exceto pelo fato que ela
era judia, e isso a limitava em algumas atividades, pois o momento não era dos
mais propicio para ser um judeu. Os judeus eram hostilizados e perseguidos pelos
nazistas. Apesar de tudo isso, ela e a família tentavam manter uma vida o mais
normal possível. É também nesse momento, que “um membro do governo em exílio anuncia que deseja relatos oculares de
testemunhas do sofrimento do povo holandês sob a ocupação alemã, ele se referia
a diários e cartas” (trecho do prefácio do livro), isso foi tão significativo que foi um incentivo a mais para Anne começar a fazer os relatos, e deixar o diário mais organizado, sempre
fazendo anotações importantes e de forma clara.
Outro
fato que faz com que esse diário seja tão importante para entendemos uma
parcela do que aconteceu naquela época, é quando a irmã de Anne recebe uma convocação
para trabalho forçado, então as visões dos campos de concentrações (locais onde
os judeus eram obrigados a trabalhar) e prisões nas piores condições inimagináveis,
ou seja, era definitivamente o momento de fugirem, afinal as leis contra os
judeus estava tão intensas, que eles não encontraram alternativa.
Allana: os relatos verídicos de Anne,
nos deixa muitas vezes sem ar, pois na sua simplicidade de escrever, ela
conseguia passar exatamente como se sentia, afinal como não se emocionar com
uma menina que estava passando pela adolescência, e toda a carga emocional que
essa fase nos faz passar? Em um momento de descobertas, com os sentimentos a
flor da pele, as mudanças no corpo, às paixões e mesmo tentando intender seu
relacionamento com sua família, ainda mais em um momento que em minha opinião foi
um dos mais dolorosos da história da humanidade. Eu muitas vezes me peguei
pensando, além das coisas que ela escreveu o que mais ela sentia? Quais outras
coisas ela poderia ter colocado no papel? Infelizmente, é algo que nunca
saberemos. Mas devo dizer que essa menina é um exemplo de ser humano.
Otto Frank: O Melhor pai que uma menina poderia pedir.
Otto e Anne tinham muita admiração um pelo o outro, podemos
sentir nitidamente o carinho no relacionamento deles. Otto era o típico pai que
faria tudo o que estivesse ao seu alcance para proteger sua amada família. Além
de ter tido a ideia de ter preparado o esconderijo algum tempo antes de terem
que fugir.
Allana: Acredito
que em tempos de grande crise, perigo ou mesmo difíceis, o ser o humano tenta
de todas as formas protegerem aqueles que amam, e Otto não foi diferente. Ele usou
o que tinha nas mãos para proteger sua família, e as atitudes dele são de fato admiráveis
e emocionantes.
Anexo Secreto: 8 vidas em 2 anos.
O anexo secreto foi o lugar que o pai de Anne conseguiu para
que eles pudessem se esconder, além da família dela, composta pelos pais Otto e
Edith, Anne e a irmã Margot, outras 4 pessoas
juntaram se a eles naquele apertado cômodo.
É nesse lugar que eles passam quase três anos, sem poder sair
ou fazer barulhos durante o dia. Apesar de ser muito apertado e as atividades
para passar o tempo limitado, eles tentavam levar uma vida confortável na
medida em que aquele espaço permitia.
Anne conta como eram os dias, alguns eram engraçados, outros
nem tanto, e conforme o tempo passava a convivência ia se tornando insuportável,
até as histórias, as piadas eram contadas tantas vezes que perdiam a graça e as
brigas tornaram-se frequentes.
Numa época onde era muito ariscado para os judeus, ajudar um
deles era ainda mais perigoso, mas ainda assim foi com ajuda dos funcionários
do escritório de Otto que eles tiveram um pouco de alegria e contato com o
mundo fora do esconderijo, eram eles que providenciavam itens básicos, livros e
noticias.
Extra: eles ficaram no esconderijo de 05 de julho
de 1942 a 04 de agosto de 1944, onde foram descobertos e presos, sendo levados
para os tão temíveis campos de concentrações.
Anexo
Os Pais, Anne e a irmã Margot
O Diário original
Allana: O que
falar depois desse paragrafo??? Não consigo me imaginar viver em constante
medo, angustia e aflição, eles tiveram uma pequena sorte de ter alguém para
confiar, mas e os amigos ou mesmo familiares deles que não tiveram nem a mínima
chance? O final pode não ter sido o de contos de fadas, mas eles fizeram o que
era necessário para a sobrevivência.
Considerações finais:
Destaquei apenas 3 itens, pois a historia tem muitas situações,
como vocês viram, ou melhor, leram o post foi um pouco grande.
No entanto, quero que vocês saibam que o diário dessa jovem,
nos leva para um momento da humanidade, onde as ideologias doentes de um homem fizeram
tanto mal para um povo, onde percebemos o quanto palavras tem o poder de levar
uma nação contra a outra. Foram tantas vidas afetadas, tantas cidades, famílias
que passaram pelos momentos mais dolorosos que um humano pode suportar.
Se você não leu “ O Diário de Anne Frank”, sugiro que o faça
o mais breve possível, pois são relatos honestos e emocionantes.
Para esse livro dou 5 cerejas
, sem pensar duas vezes.
Por Allana.
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